Historia de novembro azul
O Novembro Azul surgiu em 2003 em Melbourne, na Austrália, a partir da iniciativa de dois
amigos, Travis Garone e Luke Slattery. Os dois estavam se divertindo em um ‘pub’ e cogitaram
se ficariam bem de bigode, que estava fora de moda na época. Então, inspirados pela campanha
da mãe de um colega, que levantava fundos para o combate ao câncer de mama, Travis e Luke
tiveram a ideia de associar o bigode com a conscientização sobre a saúde masculina.
Eles escolheram o mês de novembro para deixar o bigode crescer, pois, no dia 17, já se
comemorava o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata. Naquele ano, cerca de 30 amigos
aceitaram participar da campanha e, como muita gente se interessava pelos bigodões, a história
foi se espalhando cada vez mais.
Como que chegou no nosso Brasil
O Novembro azul ou Movember Foudantion chegou ao Brasil em 2008,
trazido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em
conjunto com a Sociedade Brasileira de Urologi
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de
próstata é o segundo mais comum entre os homens no
Brasil, atrás apenas do câncer de pele do tipo não
melanoma.
Entre a população masculina, o tumor de próstata é
a segunda principal causa de morte por câncer,
realizando uma vítima fatal a cada 36 homens.
Porém, quando detectado precocemente, o tratamento
é menos invasivo e oferece mais oportunidades de
cura.
Entretanto, como o diagnóstico envolve o toque
retal, um exame que ainda é cercado de polêmicas,
muitos homens relutam em realizá-lo em função do
preconceito. Nesse sentido, um dos objetivos do
Novembro Azul é justamente quebrar esses tabus e
conscientizar a população masculina de que os
cuidados com a saúde devem ser colocados acima
dessas barreiras. Com isto a primeira campanha
teve como lema “Um Toque, Um Drible”, de modo a
criar consciência sobre o câncer de próstata,
derrubar o preconceito e incentivar os homens se consultar
e a realizar o exame se necessário.
Quais os exames contemplados no novembro azul?
O médico usa uma luva lubrificada e pode realizar o
exame com o paciente em pé. Através do toque retal
é possível identificar sinais de doenças como
inflamações, alterações nas glândulas e o surgimento
de nódulos. Já o exame de sangue identifica se os
níveis de PSA (Antígeno Prostático Específico)
estão elevados. Essa substância é produzida na
próstata e seus níveis normais
devem estar abaixo de 4 ng/ml.
Alguns exames como a biópsia, ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada podem ser
solicitados para um diagnóstico detalhad
A campanha estimula o homem a ter mais cuidado com a sua saúde através de uma alimentação saudável, prática de atividades físicas, controle do estresse emocional e acompanhamento periódico das doenças crônicas já diagnosticadas. E alguns laboratórios também já oferecem desconto especial para a realização dos exames
clínicos sobre o câncer de próstata.
O que preciso saber sobre o câncer de próstata?
A próstata é uma glândula masculina localizada
abaixo da bexiga, responsável pela produção de
nutrientes presentes no esperma. O tumor atinge
grande parte da glândula seminal, prejudicando seu
- Idade: A idade é um fator predominante em homens com mais de 50 anos. O grupo com maior incidência de casos
fica na faixa etária entre 60 a 65 ano
- Histórico familiar. Pessoas que possuem parentesco de primeiro grau com alguém que foi diagnosticado com a doença possuem maiores riscos para o
desenvolvimento dela em seu organismo.
- Genética: Alterações genéticas hereditárias como a mutação dos genes BRCA-1 ou BRCA-2 e a síndrome de Lynch aumentam o risco para alguns categorias de câncer,
incluindo o câncer de próstata.
Quais são os sintomas:
O tumor não apresenta sintomas em sua fase inicial. Por conta disso, é preciso atentar-se quando perceber algo incomum, já que muitos sintomas costumam surgir na fase avançada da doença. O médico responsável pelos cuidados da próstata é o urologista e os sintomas
mais comuns são:
- Dificuldade de urinar
- Dor nos ossos
- nsuficiência renal
Lembrando que o Novembro Azul ressalta a importância da realização de exames frequentes em pessoas com idade a partir de 50 anos, porque o diagnóstico precoce pode
gerar 90% de oportunidades de cura.